Vaidade, meu amor, tudo vaidade! Ouve: quando eu, um dia, for alguem, Tuas amigas ter-te-ão amizade, (Se isso é amizade) mais do que, hoje, têm. Vaidade é o luxo, a gloria, a caridade, Tudo vaidade! E, se pensares bem, Verás, perdoa-me esta crueldade, Que é uma vaidade o amor de tua mãe... Vaidade! Um dia, foi-se-me a Fortuna E eu vi-me só no mar com minha escuna, E ninguem me valeu na tempestade! Hoje, já voltam com seu ar composto, Mas eu, ve lá! eu volto-lhes o rosto... E isto em mim não será uma vaidade? António Nobre, in 'Só'
Como daba besos lentos duraban más sus amores. _________________ A veces un beso no es más que chewing gum compartido. _________________ La reja es el teléfono de más corto hilo para hablar de amor. _________________ Amor es despertar a una mujer y que no se indigne. _________________ Daba besos de segunda boca. _________________ El primer beso es un robo. _________________ Cuando una mujer te plancha la solapa con la mano ya estás perdido. _________________ Cuando la mujer pide ensalada de frutas para dos perfecciona el pecado original. _________________ El amor nace del deseo repentino de hacer eterno lo pasajero. _________________ En la manera de matar la colilla contra el cenicero se reconoce a la mujer cruel. _________________ Aquella mujer me miró como a un taxi desocupado. _________________ Hay matrimonios que se dan la espalda mientras duermen para que el uno no le robe al otro los sueños ideales. _________________ Si os tiembla la cerilla al dar lumbre a una mujer, estáis perd
Fonte, II No sorriso louco das mães batem as leves gotas de chuva. Nas amadas caras loucas batem e batem os dedos amarelos das candeias. Que balouçam. Que são puras. Gotas e candeias puras. E as mães aproximam-se soprando os dedos frios. Seu corpo move-se pelo meio dos ossos filiais, pelos tendões e órgãos mergulhados, e as calmas mães intrínsecas sentam-se nas cabeças filiais. Sentam-se, e estão ali num silêncio demorado e apressado, vendo tudo, e queimando as imagens, alimentando as imagens, enquanto o amor é cada vez mais forte. E bate-lhes nas caras, o amor leve. O amor feroz. E as mães são cada vez mais belas. Pensam os filhos que elas levitam. Flores violentas batem nas suas pálpebras. Elas respiram ao alto e em baixo. São silenciosas. E a sua cara está no meio das gotas particulares da chuva, em volta das candeias. No contínuo escorrer dos filhos. As mães são as mais altas coisas que os filhos criam, porque se colocam na combustão dos filhos, porque os filhos estão como invasore
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