o dia de amanhã

Um dia encontrarei uma porta no caminho
que se abrirá com estrondo,
apesar de eu não sonhar ser um cavaleiro andante
nem andar pela noite escura.

Provavelmente não será a porta de nenhum palácio.
Não terá história essa porta.

Talvez possa descansar da viagem da vida diante dessa porta
talvez parar um pouco depois de todos os passos
tantos caminhos
os percorridos e os não percorridos.
Aí, em face da possibilidade
de todas as possibilidades próprias do que é desconhecido
o corpo regenerará.
uma nova vitalidade embriagará o corpo mutilado de tempo.

Diante dessa porta talvez o corpo receba um futuro
perante a hipótese de escolha talvez o homem que então for eu
seja verdadeiramente
talvez um dia quando descansar em frente a uma porta que se abre para o dia de amanhã.

Pedro de Mendoza

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