REQUIEM
Onde era a Vila com suas ruas e casas agora é o asfalto do aeroporto. Onde o Convento ainda a igreja e talvez sernalhas e ratos onde era a frescura do claustro. Já não se vê onde morou James Mackay e a Rua das Flores foi cortada ao meio. O Avelar pegou de cabeça e outros antes quiseram morrer que ver a morte, cater-pillars e bull-dozers matando a Vila. Mas onde tudo isso era e eles lá e os plátanos da Praça e as araucárias há cem anos guardando a paz das casas, agora pousam aviões e há franceses. Longe, numa cidade a que chamam Lisboa, a Vila rendeu não sei quantos mil milhões e mil nepotes sentam-se à mesa, empunham facas e garfos, comem-na, bebem-na, enfeitam-se, corneiam-se, vão pensando se outras vilas – «lá na Ilha» – ainda mais haverá para vender a japoneses ou russos ou turcos ou a um qualquer emir atomizado da Arábia ou de Marte ou de Casa-do-Diabo. Onde era a Vila não tem importância, nem James Mackay, nem o Convento